24 de abril de 2011

INFERÊNCIA

Segundo nosso dicionário é o ato ou efeito de inferir, dedução, ilação, indução, conclusão.

Admito que costumo fazer deduções, mas quando o assunto é ligado a área de exatas, pois, posso e devo considerar os pressupostos científicos que conheço para tirar as conclusões, mas quando o assunto é conduta humana considero quase impossível chegarmos a um resultado exato e é por isso que quase sempre “pago pra ver”.

Adoro fazer coisas fora do padrão, aliás, padrão é algo que a sociedade impõe para controlar os indivíduos, tem pessoas que não conseguem raciocinar e agir fora deste padrão. É o cara que está sempre no quadrado e o pior, imagina que todo mundo também está, para ele a idéia de algo diferente, de uma conduta atípica nem é considerada, é como se o mundo tivesse que se encaixar naquilo que ele tem como verdade. Ainda bem que a verdade tem várias faces...

Eu diria que inferência é estabelecer uma verdade tomando como base apenas parte dela e acrescentando todos os fantasmas psicológicos que habitam a mente do sujeito, vemos isso nas mais simples ações até as mais importantes, da garota que vê um garoto olhando para ela e acrescenta seus fantasmas e conclui que ele está lhe paquerando, da notícia que foi encontrada grande quantidade de dinheiro na casa de alguém e se deduz que o dinheiro é ilícito.Oras, se não sabemos de toda a verdade porque inferir ?

As pessoas precisam perceber que nem sempre as coisas são como imaginamos e se algumas vezes não são boas, muitas outras são. É nessa hora que deixamos de ganhar coisas boas, confiança, amizade, carinho, coisas que realmente importam, só para garantir que não estávamos errados.

O excesso de inferências está fazendo com que as relações humanas fiquem excessivamente delicadas, talvez esteja na hora de perguntarmos mais e inferirmos menos. Falta diálogo.



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